terça-feira, 26 de maio de 2009

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Teste da chama


O teste de chama ou prova da chama é um procedimento utilizado para detectar a presença de alguns íons metálicos, baseado no espectro de emissão(. Os elétrons de um determinado átomo, que se encontram num determinado Nível Energético, são elevados a um nível mais alto de energia – Estado Excitado – e retornam ao estado anterior emitindo um fóton correspondente à diferença de Energia ) característico para cada elemento.


Ele se baseia no princípio de níveis de energia atômica. Todo átomo tem diversos níveis de energia atômica (K L M N...), ocupados ou não por elétrons. Quando se dá energia a este átomo (colocamos na chama), os elétrons na ultima camada de energia serão excitados e subirão um nível de energia. Esta subida de nível é um evento que dura pouquíssimo tempo, então rapidamente ele decai ao nível de energia em que se encontrava antes. Ao ocorrer esse decaimento, ele emite um comprimento de onda para equivaler no balanço de energia. Dependendo do átomo analisado, esse comprimento de onda pode estar dentro do espectro visível e ser observada a mudança de coloração de chama, como por exemploSódio - Amarela intensaCálcio - Amarela AvermelhadaPotássio - VioletaBário - Amarela EsverdeadaLítio - VermelhaCobre - Verde Azulada

Caricatura Niels Bohr.

Caricatura idealizada pelos alunos do CSCS.


Vida de Bohr por datação:

1908- foi publicado na “transactions of the Royal society” que Niels Bohr, na época estudante, ganha medalha de ouro no concurso da academia de ciências de Copenhagen por resolver um problema cientifico que o levou a uma investigação teórica e experimental sobre a tensão da superfície provocada pela oscilação de fluidos.
· 1911- recebe doutorado na universidade de Copenhagen.
· 1911-ao mudar-se para Cambridge realiza trabalho com Joseph j. thomson.
· 1911-estuda com Ernest Rutherford na universidade de Victoria em Manchester.
· 1911- a teoria para a explicação do modelo atômico de Rutherford, em relação a teoria quantica proposta por Bohr não é levada a serio.
· 1912- passa a trabalhar no laboratório de Rutherford em Manchester.
· 1913- Lá realizou um trabalho sobre a absorção dos raios alpha, que foi publicado na “philosophical magazine. Passou a se dedicar ao estudo da estrutura do átomo, baseando-se no modelo de Rutherford.
· 1913-casou-se com Margrethe norlund.
· 1913- ao aplicar a teoria da quantificação aos elétrons do modelo atômico de Rutherford, interpretou algumas das propriedades das series espectrais do hidrogênio e a estrutura do sistema periódico dos elementos.
· 1913-ao estudar o átomo de hidrogênio, conseguiu formular um novo modelo atômico.
· 1913-publicou seu modelo de estrutura atômica.
· 1914-1916- foi professor de física teórica na universidade de Victoria em Manchester.
· 1916-torna-se professor na universidade de Copenhagen.
· 1920- retorna a Copenhagen e é nomeado diretor do instituto de física teórica.
· 1922- premio Nobel de física, e escreveu o livro “the theory of spectra and atomic constitution”
· 1924- publicada a segunda edição do livro “the theory of spectra and atomic constitution”
· 1927-juntamente com wener Heisenberg chegou ao principio da incerteza na teoria quântica
· 1930-inicia um estudo centrado sobre a constituição dos núcleos atômicos e das suas transmutações e desintegrações.
· 1933- junto com seu aluno wheeler, Bohr aprofundou a teoria da fissão evidenciando o papel fundamental do urânio 235.
· 1934-publicou o livro “atomic theory and the descripition of nature”.
· 1937-bohr participou da quinta conferencia de fisica teorica em Washington, na qual defendeu a tese da fissão do urânio.
· 1937-3 semanas após a conferencia, os fundamentos da teoria da gota de água foram publicados na “physical review”
· 1937- muda-se para a inglterra devido a ocupação nazista na Dinamarca.
· 1938- muda-se para os EUA, onde ocupa o cargo de consultor do laboratório de energia atômica de los alamos, e neste laboratoria era iniciada a construção da bomba atômica por alguns cientistas.
· 1943-1945-participa da construção da bomba atômica.
· 1945- após Bohr ter ido ate Churchill e Roosevelt falar da gravidade da bomba atômica alguns anos aténs, ela é lançada experimentalmente em álamo gordo. Em agosto do mesmo ano é lançada em Hiroshima e 3 dias depois em nagasaki.
· 1945-com o fim da II guerra mundial, regressa a dinamaraca e é eleito presidente da academia de ciências.
· 1950-escreve a ‘’carta aberta’’ as nações unidas em defesa da preservação da paz.
· Organiza a primeira conferencia átomos pela paz, em genebra na suíça.
· 1957- Niels Bohr recebe premio átomos pela paz, no mesmo ano em que o instituto de física teórica por ele dirigido desde 1920, torna-se um dos principais centro intelectuais da Europa.
· 18 de novembro de 1962- morre Niels Bohr em Copenhagen vitima de trombose aos 77 anos.

Episódio do barômetro.

Pergunta num exame de Física, Universidade de Copenhaga:"Descreva como determinar a altura de um arranha-céus usando um barómetro."Um estudante respondeu:"Amarre uma longa corda à parte mais estreita do barómetro, a seguir faça baixar o barómetro do telhado do arranha-céus até ao chão.O comprimento da corda mais o comprimento do barómetro será igual à altura do edifício."Esta resposta altamente original enfureceu o examinador ao ponto de chumbar imediatamente o estudante.O estudante apelou baseando-se no facto de que a sua resposta estar indubitavelmente correcta e a universidade nomeou um árbitro independente para decidir o caso.Na verdade, o árbitro decidiu que a resposta estava correcta, mas que não demonstrava qualquer conhecimento de Física. Para resolver este problema foi decidido chamar o estudante e permitir-lhe que em seis minutos providenciasse uma resposta verbal, que mostrasse, pelo menos, uma certa familiaridade com os princípios básicos de Física. Durante cinco minutos o estudante ficou em silêncio, franzindo a testa em pensamento. O árbitro lembrou-lhe que o tempo estava a passar, ao qual o estudante respondeu que tinha diversas respostas extremamente relevantes, mas que não sabia qual delas utilizar.Sendo avisado para se despachar, o estudante replicou da seguinte forma: "Em primeiro lugar, poderia pegar num barómetro, ir até ao telhado do arranha-céus, deixá-lo cair ao longo da parede e medir o tempo que ele demora a atingir o chão. Desta forma, a altura do edifício poderá ser trabalhada a partir da fórmula : H= 0,5g x t2"."Mas isto seria mau para o barómetro;Ou então, se o sol estivesse a brilhar, poderia medir a altura do barómetro, depois de assentá-lo na extremidade e medir o comprimento da sua sombra. Em seguida, iria medir o comprimento da sombra do arranha-céus e, depois de tudo isto, seria uma simples questão de aritmética proporcional para calcular a altura do arranha-céus;""Mas, se quiserem ser rigorosamente científicos acerca disto, poderão amarrar uma longa corda ao barómetro e abaná-lo como um pêndulo, primeiro ao nível do chão e depois ao nível do telhado do arranha-céus.A altura é dada pela diferença na força da gravidade. T=2p";"Ou, se o arranha-céus tiver uma escada exterior de emergência, será mais fácil usá-la e marcar a altura do arranha-céus em comprimentos do barómetro, e em seguida adicioná-los por aí acima";"Se, simplesmente, quiser ser chato e ortodoxo na resposta, certamente, poderá usar o barómetro para medir a pressão do ar no telhado do arranha-céus e no solo, e converter os milibares em pés para dar a altura do edifício";"No entanto, e uma vez que estamos constantemente a ser exortados a exercitar o pensamento independente e a aplicar os métodos científicos, indubitavelmente a melhor forma seria ir falar com o porteiro e perguntar se ele gostava de ter um barómetro novo e bonito: oferecia-lho desde que ele me dissesse a altura do arranha-céus."O estudante era Niels Bohr, o único Dinamarquês que ganhou o Prémio Nobel da Física.

Chegando ao modelo atômico

Foi para Manchester, para trabalhar com E. Rutherford. Este, recém-chegado do Canadá, não escondeu sua admiração pelo jovem assistente, definindo-o como "o homem mais inteligente que já tenha conhecido", sem saber que mais tarde Bohr seria o continuador de sua obra no estudo da interpretação da estrutura do átomo. Rutherford acabara de propor uma nova teoria "nuclear", baseando-se em experiências sobre o espalhamento de partículas alfa.
Para Bohr, o encontro com Rutherford foi decisivo: daí por diante resolveu dedicar-se ao estudo da estrutura do átomo. De fato, Rutherford descobrira que o átomo possui, no centro, um núcleo no qual se concentra praticamente toda sua massa. Os elétrons, descobertos por J. J. Thomson poucos anos antes, localizavam-se ao redor do núcleo. Não se sabia exatamente, porém, como esses elétrons se dispunham e quais suas relações com o núcleo.
Voltando à Dinamarca em 1913, Bohr procurou estender ao modelo atômico proposto por Rutherford os conceitos quânticos sugeridos por Plank, em 1900.
Bohr acreditava que, utilizando a teoria quântica de Planck, seria possível criar um novo modelo para descrever o átomo, capaz de explicar a maneira como os elétrons absorvem e emitem energia radiante. Esses fenômenos eram particularmente visíveis na análise dos espectros luminosos produzidos pelos diferentes elementos. Ao contrário daquele produzido pela luz solar, esses espectros apresentam linhas de luz com localizações específicas, separadas por áreas escuras. Nenhuma teoria conseguira até então explicar o porquê dessa distribuição.
Estudando o átomo de hidrogênio, que é o mais simples de todos, Bohr conseguiu, em 1913, formular seu novo modelo. Concluiu que o elétron desse átomo não emitia radiações enquanto permanecesse numa mesma órbita, mas somente ao se deslocar de um nível mais energético (órbita mais distante do núcleo) a outro de menor energia (órbita menos distante).
A teoria quântica lhe permitiu formular essa concepção de modo mais preciso: as órbitas não se localizariam a quaisquer distâncias do núcleo; ao contrário, apenas algumas órbitas seriam possíveis, cada uma delas correspondendo a um nível bem definido de energia do elétron. A transição de uma órbita a outra não seria gradativa, mas se faria por saltos: ao absorver energia, o elétron saltaria para uma órbita mais externa; ao emiti-la, passaria para outra mais interna. Cada uma dessas emissões, de fato, aparece no espectro como uma linha luminosa bem localizada.
A teoria de Bohr, embora tenha sido sucessivamente enriquecida e em parte modificada, representou um passo decisivo no conhecimento do átomo, podendo ser comparada à introdução do sistema de Copérnico em contraposição ao de Ptolomeu.
Embora em ambos os casos se tratasse de uma primeira aproximação, foi o aperfeiçoamento dessas hipóteses que possibilitou mais tarde a elaboração de teorias mais precisas.
Assim, graças a Copérnico foi possível compreender o mecanismo do universo em geral e do sistema solar em particular; quanto a Bohr, sua teoria permitiu a elaboração da mecânica quântica partindo de sólida base experimental.

Curiosidades sobre Niels Bohr.

-Ele e seu irmão Harold, que se tornaria eminente matemático, já eram conhecidos nos países escandinavos como soberbos jogadores de futebol, membros do time "Dinamarqueses Todos". -Não tardou que estudantes e cientistas de todo o mundo procurassem a pequenina Dinamarca para estudar e trabalhar. Eram atraidos pelo brilho de Bohr. Dele disse Albert Einstein: "Ninguém sabe como estaria o nosso conhecimento do átomo sem ele. Pessoalmente, Bohr é um dos mais agradáveis colegas que já encontrei. Ele emite suas opiniões como alguém que esteja perpetuamente tateando, jamais como alguém que creia estar na posse da verdade definitiva."-Niels Bohr, filho de mãe judia, e sua espôsa trataram de escapar também aos nazistas. Foram para a Suécia, a bordo do Sea Star, pequeno navio de pesca. Dizem que os nazistas vasculharam-lhe a casa, mas não encontraram a medalha de ouro do prêmio Nobel. Fôra dissolvida numa garrafa de ácido, depois recuperada, sendo a medalha novamente fundida, quando acabou a guerra.-Da Suécia, Bohr foi para os Estados Unidos e para o projeto atômico de Los Alamos, onde encontrou seu filho Aage, físico.- Terminada a guerra, Bohr voltou à Dinamarca e a seu amado instituto em Copenhagen. Seus interesses sempre foram ciência e paz. Assim que a bomba atômica se revelou eficiente e devastadora, Bohr pediu imediato controle internacional, sem êxito, porém. Como presidente da Comissão de Energia Atômica da Dinamarca, no ano de 1955 em Genebra, Niels Bohr recebeu o Prêmio Ford "Atomos para a Paz", no valor de 75 000 dólares. Bohr recebeu mais prêmios e láureas do que qualquer outro cientista vivo, e talvez mais do que qualquer cientista em toda a História. Bohr sempre teve senso de humor. -Discutindo uma teoria relativa à Física das partículas, certa vez disse: "Todos acreditamos que essa teoria é maluca. Resta saber se é suficientemente maluca para ter probabilidade de ser correta. Pessoalmente acho que não é suficientemente maluca." -Bohr era um homem robusto, com jeito de avô e sobrancelhas muito espêssas. Falava mansa e ràpidamente. Atleta tanto quanto cientista, gostava de esquiar, velejar, andar de bicicleta, revelando enorme resistência física. Com cinqüenta e quatro anos venceu uma corrida de esqui em Oslo, Noruega. -Ao aproximar-se dos oitenta, achava-se velho demais para o trabalho científico criativo, mas dedicava-se a ensinar e trabalhar pela paz. Bohr morreu a 18 de novembro de 1962.

sábado, 23 de maio de 2009

Recordações

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Niels Bohr



Copenhague - Dinamarca, 16 de novembro de 1962
"Existem pessoas e pessoas. E muitas situações. Pessoas que sonham, e logo acordam; pessoas que correm atrás de seus sonhos; e pessoas que têm seus sonhos desfeitos ou negligenciados..".
Então diário...
Essa manhã ao acordar, me dei conta de algo que já deveria ter percebido.Pensei e principalmente senti que o meu fim está próximo, a trombose já me afeta bastante e agora meu corpo se resume a dor.
Entretanto ao analisar a situação por outro ângulo, percebi que cheguei a um lugar de importância que nunca imaginei. Quem diria que um garoto que estudava na escola de gramática de Gammelholm cujas pretensões se resumiam a estudar, descobrir e amar chegaria até este ponto? E do auge de meus 77 anos posso afirmar que a sorte caminhou ao meu lado.
É, coisas estranhas acontecem com indivíduos comuns,assim como eu, mas não começou do nada, na verdade o início de tudo, de fato, ocorreu em 7 de outubro de 1885, um dos dias mais especiais para meus pais Ellen Adler e Christian Bohr, e para meus irmãos Jenny e Harold, o dia do meu nascimento! Aconteceu aqui mesmo em Copenhague, na casa de minha avó materna, o Palácio Rei Georg, que ainda se considerava a mais bela residência da localidade.

E por sinal devo tudo a eles, meus queridos pais, que exerceram suas funções como tais, ensinando a mim e meus irmãos coisas maravilhosas e valores preciosos dentro de nossas crenças, principalmente minha mãe, uma mulher judia.
Meu pai fora, também, um homem de vital importância em nossas vidas. Professor e detentor do saber de que só o conhecimento proporcionaria à humanidade vôos mais altos, incentivou a mim, principalmente, de tal maneira, ao ponto de fazer-me encantar pelos estudos e pela ciência. Recordo-me de tantos fatos familiares... Como, o quanto eu e meu irmão Harold, já sendo alunos da universidade de Copenhague, sonhávamos em ser jogadores de futebol, já éramos até conhecidos nos países escandinavos como membros iminentes dos times "dinamarqueses todos"! Éramos excelentes é claro! Este era o ano de 1908.

Mas, foi em 1903 que entrei na escola de gramática de Gammelholm e, seis anos depois, o meu mestre C. Christiansen outorgou-me com mestrado em física, e depois de 2 anos fui à busca do doutorado que em 1911acabei por conseguir.

A partir de então comecei, de fato, a deparar-me com as situações e realidades que me trouxeram até aqui. Não me lembro ao certo onde, mas provavelmente na universidade, ouvi falar sobre um desafio da sociedade cientifica dinamarquesa. Eles estavam propondo um problema científico de como poderíamos medir a altura de um arranha-céu usando um barômetro. Já estava cansado das respostas comuns, então propus o seguinte:
"Amarre uma longa corda à parte mais alta do barômetro, a seguir faça baixar o barômetro do telhado do arranha-céu até o chão. O comprimento da corda mais o comprimento do barômetro será igual à altura do edifício."
Depois de muita aversão por parte dos juízes e de ter provado minha teoria, dito e feito! Ganhei uma medalha de ouro e um arquivo publicado na "Transactions of the Royal Society".
Ainda em 1911 mudei-me para Cavendish em Cambridge, Inglaterra, e lá tive a incrível oportunidade de trabalhar com J.J. Thomson, e ali mesmo conheci um de meus melhores amigos: Ernest Rutherford, com quem fui trabalhar um ano depois em Manchester.
E lá, no ano de 1912, o primeiro momento mais feliz da minha vida: casei-me com Margrethe Nnorlund, o meu grande amor! Lembro-me perfeitamente. Era uma linda manhã de verão e Margrethe estava bonita como nenhuma outra, o vestido branco me hipnotizou e os olhos lindos dela me dominaram, e dominam até hoje é claro! Essa mulher espetacular me deu muitos presentes, entre eles os meus seis filhos, apesar de dois, infelizmente, terem morrido.
Mas, voltemos a falar sobre Ernest. É, ele me ensinou muitas coisas, não foi à toa que um de meus filhos recebeu seu nome em homenagem, mas de fato, o maior presente de Ernest para mim, foi a experiência que adquiri!
Foi por causa dele e de seu modelo atômico que, em 1913, fui capaz de me aprofundar mais nos estudos sobre o assunto, descobrindo assim uma pequena falha em seu modelo:
Ele afirmava que os elétrons eram fixos, porém certa vez ao observar e estudar átomos de hidrogênio, descobri que, na verdade, eles estavam dispostos de uma maneira diferente, se movendo em trajetórias circulares ao redor do núcleo. Descobri também que eles podiam saltar de uma camada para outra, desde que absorvessem energia externa.
Publiquei esse novo modelo em relação à teoria quântica de Planck, estudo que estendi até chegar a essa conclusão. Os elétrons absorvem e emitem energia radiante, fenômeno particularmente visível na análise dos espectros luminosos produzidos por diferentes elementos. Descobri também que os elétrons não emitiam radiações enquanto permanecesse na mesma órbita, emitindo-as apenas quando deslocado de um nível de maior energia para um nível mais distante do núcleo, onde a sua energia cinética tende a diminuir enquanto que sua energia potencial tende a aumentar.
No entanto, minha tese não foi bem aceita, não ainda, pois tive que esperar 9 anos!
Ah! Neste ano também publiquei, na "Philosophical Magazine" um artigo sobre a absorção dos raios alpha, onde tive como base o modelo atômico de Rutherford.
Com 28 anos de idade, já era um físico famoso e com uma brilhante carreira. Foi aí, que em 1914 recebi um convite muito bom, e o aceitei! Trabalhei como professor de física teórica na universidade de Victoria, em Manchester, meus alunos tiveram que me suportar até 1916 quando retornei a Copenhague e lá me tornei professor.
Durante quatro anos ali atuei como professor, até que em 1920 fui nomeado diretor do Instituto de Física Teórica. Foram anos revolucionários! A cada dia que passava eu via nascer um novo gênio. E vi nascer um gênio literalmente, pois nesse ano nasce meu quarto filho, Aage Niels Bohr, este que também seguiu pelos mesmos caminhos que eu tomei, tornando-se um esplêndido físico. Aaté que em 1922 as coisas viraram.
Neste ano o tão esperado aconteceu! Eu finalmente recebi o comunicado de que a minha teoria sobre o modelo atômico em relação à teoria de Planck estava correta (algo que eu sempre soube). É gratificante sermos reconhecidos por nossos trabalhos e empenhos, é tão difícil de descrever o que sentimos, como também entender o que se passa conosco quando esse reconhecimento torna-se concreto. E como foi maravilhoso quando meus colegas de trabalho, grandes homens, decidiram que eu seria o merecedor do Prêmio Nobel de Física de 1922!
Ainda nessa época escrevi:
"Ainda bem que chegamos a um paradoxo. Agora, há esperança de conseguirmos algum progresso!", devido a grande distância entre o mundo físico cotidiano e as descrições matemáticas da ordenação subatômica, que permite paradoxos como o comportamento de onda e de partícula dos elétrons.

Fiquei tão entusiasmado com isso, que no mesmo ano queria mostrar agora, oficialmente, minha idéia para o mundo, por isso escrevi o livro: "The Theory of Spectra and Atomic Constitution" que explica tudo sobre como cheguei as minhas conclusões depois de muitas pesquisas. O sucesso foi tanto que em 1924 houve a republicação!

Vejamos bem, em 1927, eu juntamente com Wener Heisenberg, cheguei ao princípio da incerteza da teoria quântica, tanto que cheguei a pensar que: "qualquer um que não se choque com a mecânica quântica é porque não a entendeu direito.".

Três anos depois, 1930, as atividades no Instituto da Dinamarca eram cada vez mais voltadas para pesquisa na constituição dos núcleos atômicos, e de suas transmutações e desintegrações. Minha felicidade era incomum e minha vontade de ir além, mais ainda. Prossegui me dedicando a estudar dessa vez a estrutura dos átomos complexos, a natureza das radiações X, as variações progressivas das propriedades químicas dos elementos e o estudo do núcleo atômico, principal responsável pela interpretação do fenômeno da fissão do urânio, que, posteriormente, abriu caminho para a utilização da energia nuclear.

Passaram-se mais alguns anos, até que em 1933, eu e meu aluno Wheeler aprofundamos teorias sobre a compreensão do mecanismo da fissão nuclear devido à quebra do urânio 235, e tivemos como retrato muito parecido ao original do núcleo, uma gota líquida. Um tempo depois, devido a mais alguns aprofundamentos feitos, provamos a descoberta de um novo elemento, o Plutônio.
Diante a essa nova teoria sobre o urânio e a descoberta do Plutônio, publiquei o livro "Atomic Theory and the Descripition of Nature" em 1934.

Em 1937 fui convidado a participar da quinta conferência de física teórica, em Washington, onde defendi a tese sobre fissão do urânio. Rogava com unhas e dentes que um núcleo atômico de massa instável é como uma gota que se rompe. Três semanas depois esta teoria foi publicada na "Psicalgia Review".
Algum tempo mais tarde me mudei para a Inglaterra devido à ocupação nazista na Dinamarca, tendo em vista que minha mulher é judia e que isso seria por em risco nossas vidas, com filhos ainda pequenos fui capaz de abandonar todo meu progresso para não arriscar a vida dos meus. E pensar que este movimento nazista surgiu a partir das idéias "revolucionarias" de um de meus brilhantes alunos...é realmente deplorável...
Era 1938, havia um ano que me mudara para a Inglaterra, foi então que surgiu a oportunidade de morar nos Estados Unidos onde pude ocupar o cargo de consultor do laboratório de energia atômica de Los Alamos. Iniciava-se lá, um novo projeto por alguns dos cientistas mais renomados do mundo.
Nossa! Quantas conquistas! Mais do que nunca eu via o mundo com olhos de criança. Curioso, inquieto e maravilhado.
Porém, em um instante, em um único instante, tudo pelo que eu havia lutado, tudo o que eu havia conquistado, desmoronou sobre mim. E pior, sobre milhares de pessoas mais.
Foi durante os anos de 1943 a 1945, uma das piores épocas de minha vida. Uma nova forma de energia nuclear estava sendo descoberta por mim e por outros.
Após essa grande inovação, juntamente com Einstein e mais alguns, doei-me em busca e produção de conhecimento. Passávamos horas pensando, imaginando, sonhando. Contudo, o sonho pelo qual corremos atrás, tornou-se um pesadelo.
Acreditando que o projeto que participava iria ajudar e não causar uma destruição terrível, me dediquei e fui fiel até o fim, foi quando percebi o tamanho do erro que eu e meus companheiros estávamos cometendo. Assim, parti ao encontro dos dois chefes de estado Churchill e Roosevelt, apelando para que não construíssem a bomba, devido a grande situação de perigo que poderia causar para a humanidade.
De repente, meu desejo da utilização da ciência em prol da bondade do ser humano, tornou-se principal arma de poderosos sem limites, causando o horror, a tristeza e a desgraça para muitos, e tudo devido à busca incessante do poder.
Eu realmente tentei. A cada momento que passava minha mente rodopiava em minha cabeça só de cogitar a idéia de que tudo o que acontecia naquele momento devia-se também a mim.
Mas minha tentativa foi em vão, pois em julho de 45 a notícia chegou. A queda da bomba, a primeira, em fase de teste, explodiu em Los Alamos, e um mês depois foi jogada contra as cidades de Hiroshima e Nagasaki, com uma diferença de apenas três dias... Dias que tiraram a vida de milhões de pessoas e devastaram toda uma nação. Não me perdôo, não consigo me perdoar diante de uma atrocidade que sei que fui participante, que sei que sem minha participação talvez as coisas não fossem assim...
Ela explodiu e dizimou, não só as localidades orientais, mas também a uma parte de mim.
Mesmo diante disso, após a guerra, ainda em 45 regressei à Dinamarca e lá fui eleito presidente da academia de ciências.
Durante 5 torturantes anos eu não fui capaz de fazer muito, até que em 1950 escrevi a "Carta aberta" às Nações Unidas em defesa da preservação da paz, algo que por mim é considerado como indispensável para a liberdade de pensamentos e pesquisas, pois não temos que estar ligados à guerra para fazermos grandes descobertas. Organizei então a primeira conferência "Átomos pela Paz" que aconteceu em Genebra, na Suíça, cerca de um ano depois.

Em 1955 escrevi o livro "The unity of knowledge", dois anos depois em 1957 recebi o prêmio "Átomos pela paz" o que me deixou imensamente feliz. Saber que agora estava fazendo pelo menos um pouco em comparação aos muitos que tinha ajudado a matar 10 anos atrás, e ainda por cima saber que fui tão honrosamente homenageado pela organização que eu mesmo criei, realmente foi algo maravilhoso.
Mas nem tudo foi tão bom, pois daquela época pra cá tenho adoecido, algo que só piora a cada dia, e como já disse, sinto que não permanecerei aqui por muito mais tempo, portanto, só tenho a agradecer aos meus filhos e esposa que sem eles não chegaria aonde cheguei. Lamento ter causado o que causei e espero que em tempos futuros, minhas descobertas sirvam para alguma coisa, já me sinto importante apesar de instintivamente culpado por ter causado tanta dor e sofrimento em uma época já remota.
Muito procurei fazer pela minha sociedade, pelos meus semelhantes. Busquei de todas as formas o conhecimento e a melhoria de vida do homem. E o meu objetivo ao escrever, quem sabe pela ultima vez diário,vai muito alem de simplesmente manter a lucidez, como os médicos afirmam, e sim deixar tudo o que fiz para os que virão.
Não quero ser visto como alguém fora do comum, mas como um comum que foi fora de si, fora do egoísmo e da mediocridade. E se para alguma coisa serviu ou deve servir meu projeto, que sirva para incentivar os seus, pois existem pessoas e pessoas, e só estas pessoas serão capazes de criar, transformar e reformar as situações que vivemos.
Em alguns momentos tentei decifrar o sentido da vida, em outros a desacreditava. Agora, porém, já próximo do fim, percebo que não há sentido algum dizer que a vida não tem sentido, e, principalmente, que esse ínfimo conhecimento que tanto perseguimos, deve ser utilizado em fins pacíficos, pois, conheci a vida o suficiente para entender o mal que ele pode causar, se deixado em mãos erradas.

Niels Henrick David Bohr

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Calendário do Festival

05/05/09 - 3ª feira - 11h no Auditório do Colégio.

*Lançamento do 8º Festival de Física e Química Catarinense,com a apresentação das tarefas,a serem realizadas,o regulamento do festival,o sorteio dos físicos e químicos,as cores das camisas,o conteúdo a ser trabalhado e a entrega da ficha do indicador ambiental.


19/05/09 - 3ª feira - 17h na Biblioteca do Colégio:

*Entrega das biografias escritas.E no decorrer da semana no horário(8h20 e 14h20)após a oração,será feita a leitura de curiosidades das biografias de acordo com as turmas,pelo som.


26/05/09 - 3ª feira - 15h às 15h50 nas salas de aula.

*Realização da prova escrita;

*Realização das experiências no laboratório de Ciências

*Realização das atividades no laboratório de informática


02/06/09 - 3ª feira - 10h às 11h10,no pátio do Colégio:

*Exposição e julgamento das camisas,caricaturas e logomarca do festival


02/06/09 - 3ª feira - 11h10 às 12h50,no Ginásio do Colégio:

*Realização da etapa de resolução das questões e questões relâmpagos.


04/06/09 - 5ªfeira - 19h às 21h,no Auditório do Colégio:

*Apresentação das biografias textualizadas


06/06/09 - Sábado - 8h às 11h,no Pátio do Colégio(entrada pela Rua Braz de Aguiar).

*Realização da contagem(pesagem) e distribuiçaõ dos alimentos arrecadados,durante o 8º festival para entidades carentes.Entrega dos livros didáticos(Bônus)



06/06/09 - Sábado - 12h

*Divulgação do resultado final do festival,pela direção do colégio.

*Após a divulgação do resultado,haverá a entrega do troféu a equipe campeã e entrega de medalhas para os 1º e 2º lugares

FFQ 2B

Bem Vindo ao blog do 2B do 8º Festival de Física e Química Catarinense